terça-feira, 22 de julho de 2008

Entrevista com Leo

Essa entrevista é antiga, mas vale a pena conferir!





Sobrinhos de Marco Polo Chaves e Leonídia, primos de Bernardo, Artur e Mariana, os irmãos Victor e Leo conhecem a Cidade-Menina desde bem pequenos. Em 2002, fizeram o show de abertura da Expô Abaeté, quando as grandes atrações foram KLB e Chitãozinho & Xororó. Cinco anos após cantarem com portões abertos, batem recorde de bilheteria na cidade, com o registro de quase 14 mil pagantes e 30 caravanas vindas de Belo Horizonte, Pitangui, Araxá, Bom Despacho, Luz, Pompéu, Dores do Indaiá, Morada Nova de Minas e outras cidades. Antes do show, Leo deu uma entrevista ao vivo na Rádio Liderança FM, onde falou ao locutor Darley Nogut de sua trajetória e declarou que aqui se sente absolutamente em casa, em família. Confira alguns trechos desse bate-papo:


Como começou a trajetória artística de Victor e Leo?
Começamos a cantar em 92, numa região simplezinha, na Zona da Mata, onde nascemos, sem condições nenhuma para chegar a uma carreira musical a nível nacional. Nunca imaginávamos isso, quando começamos. Tocamos 15 anos em barzinhos, desde o iniciozinho em Abre Campo, depois Belo Horizonte, São Paulo. Quando fomos para São Paulo em 2001, tivemos que retornar ao zero, voltar aos barzinhos, com violão e voz, para conquistar um novo público, numa cidade muito competitiva. Nós sempre nos preocupamos muito em fazer um trabalho do nosso jeito. Sempre insistimos em mostrar a nossa música, o nosso jeito de cantar, de compor. Muitas pessoas nos falam: “não gosto de música sertaneja, mas vocês têm um linguagem diferente”. Foi isso que eu e meu irmão sempre buscamos. Desde pequenos, ouvíamos Sérgio Reis, Almir Sater, Chitãozinho e Xororó e muitos outros sertanejos, mas sempre ouvimos também música regional, internacional, pop, rock, blues. Além de toda essa influência, meu irmão tem uma história com o violão que identifica muito a música nossa, é uma coisa muito dele, que é autodidata no violão. Então, as pessoas que gostam de outros estilos ouvem a nossa música e se identificam.

Como aconteceu essa explosão, esse sucesso nacional, inclusive com o lançamento de um DVD pela Sony?
Eu e meu irmão enxergamos isso com muita naturalidade e procuramos manter os pés no chão, sempre com a humildade e a simplicidade na frente. É lógico que a gente se sente muito realizado pela aceitação da nossa música a nível nacional. Todo artista trabalha para isso, mas para nós o que tem valor não é o glamour da fama, o assédio, a grana. Eu e Victor construímos uma carreira degrau por degrau, ao longo de 15 anos, com bastante dedicação, enfrentando muitas dificuldades e tirando muitas lições. O que nós valorizamos é a música. Nosso negócio é fazer música, emocionar as pessoas, subir no palco pensando em deixar algo positivo, em somar na vida das pessoas. Não tem por que a pessoa ser artista e se sentir melhor que os outros. A humildade e a simplicidade vão estar sempre à frente da dupla Victor e Leo, pode ter certeza.

E o sucesso de vocês é tão grande que vejo artistas famosos, como Daniel, Bruno & Marrone, Zezé di Camargo & Luciano, cantando Victor e Leo.
Deve ser bom demais ter o carinho dessas pessoas que são sucesso, não?Sem dúvida. Nós temos um respeito muito grande por esses nomes. São pessoas que trilharam um caminho e abriram portas para que a gente pudesse estar hoje seguindo. Acho que a música foi feita para emocionar, para alegrar as pessoas. Não tem que ter essa coisa de um passar por cima do outro. Tem que unir, tudo em nome de uma energia positiva, em nome de alegrias, emoções, sentimentos. Eu sou suspeito para falar disso, mas eu tenho um parceiro que compõe de uma forma brilhante, de uma forma muito própria, é um cara que sabe usar as palavras. Estou bem servido de compositor. Só tenho a agradecer a Deus por ter meu irmão na minha vida.

Vamos falar de algumas músicas. Como é a história do “Amigo Apaixonado”?
Essa é uma história que acontece com muita gente. O Victor fez essa música, pensando em uma colega de escola com quem teve um amor platônico. As pessoas se identificam, porque é muito comum acontecer um caso assim. “Amigo apaixonado” e “Fada” puxaram o CD. São as músicas que chegaram até o público primeiro. Depois vieram “Lembranças de Amor”, “Vida Boa”, “Jogo da Vida”. Realmente, fizemos um disco bastante variado em termos de estilos musicais, e as pessoas estão absorvendo bem.

É verdade que a “Fada” tem alguma coisa a ver com dor do passado?
Tem, mas eu não vou entrar muito nessa assunto, porque é até perigoso. Pode ser até que a Fada esteja aqui em Abaeté hoje... Fada é uma grande amiga, uma ex-namorada do meu irmão, é uma história verídica.
Como se sente em estar mais uma vez em Abaeté e agora em uma nova fase?
Muito feliz. A gente se sente muito honrado em voltar aqui para dividir música com o pessoal. Cantamos na exposição de Abaeté em 2002, mas, desde a infância, nós vínhamos com nossos pais, passar férias na casa dos tios. Abaeté é uma cidade maravilhosa, tem um pessoal bacana, que curte música, curte festa, é um pessoal animado. A gente está muito honrado de estar com vocês aqui na festa. Mesmo. Gostaria de agradecer o carinho do público em geral, do pessoal que divide com a gente musicalidade, divide energias positivas, divide a nossa música, compra o cd, divide sentimentos.

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